ULTRAPASSANDO BARREIRAS
XXIII- A Vida que Segue
Depois de mais de 3 anos fazendo tratamento contra o câncer, minha vida e meu modo de pensar mudaram completamente.
Não posso negar, que aquela Carmen, que me acompanhava constantemente e me falava: "Eu posso tudo se me dedicar e correr atrás", transformou-se. Ficou arisca, receosa de enterrar queridos... Procura desapegar-se de fantasias, tenta não perder tempo com coisas fúteis, busca aproveitar a companhia de pessoas que se interessam, que escutam e ajudam na caminhada. Parou de querer modificar o impossível porque aprendeu que a vida passa rápido e o melhor é fazer o possível, rezar e deixar o resto por conta de Deus.
O tratamento do câncer me restringiu vários horizontes. Os piores foram que apresento pouca imunidade a contágio de doenças e tive de aprender a conviver com a dor.
O texol da quimioterapia que me deixou durante o tratamento em cadeira de rodas, também criou calos nos meus ossos, que se tornaram pequenos espinhos, que hoje machucam meus músculos e provocam dor constantemente. É uma dorzinha chata, permanente, que muda para aguda e me deixa de cama, quando tenho uma crise nervosa ou me excedo nos meus exercícios.
Isso tolhe meus movimentos.
Tenho de ter cuidado quando caminho. Só saio de casa acompanhada, geralmente de braços dados, porque de repente as pernas travam, me falta o equilíbrio e caiu.
Também adquiri diabete, engordei e meu fígado requer cuidados. Tomo injeções diárias e consumo remédios caros.
Mas a vida continua... E o câncer ensinou-me nestes 3 anos a ter humildade. Aproveitar melhor a visita dos meus meninos casados. Deixou-me mais próxima dos meus amigos. Concedeu-me mais tempo perto do meu marido e minha filha, que moram comigo, não me deixam sozinha e me paparicam todos os dias.
No momento, encontro-me, no mesmo local onde início este depoimento, a praia de Curuatatuba. Estou nadando com um chapéu grande protegendo minha cabeça. Agora, meus cabelos quando molhados praticamente desaparecem e preciso proteger meu couro cabeludo se fico exposta ao sol. Não estou sozinha. Do meu lado, meu marido me acompanha e reclama pedindo pra eu sair do fundo e nadar para próximo da beira.
Da praia, ouço gritos de alegrias. Minha neta brinca na areia com os coleguinhas, vigiada de perto pelo pai. Na margem, dentro d’água ou sentados, os vizinhos e minha família estão misturados se divertindo.
Seguro a proa do barquinho que se aproxima e vende: petiscos, sucos, água mineral, refrigerantes e cervejas. Para chamar atenção, vem tocando alto suas canções.
Um misto de apreensão, mesclado com sentimento de perda, meche com minhas emoções e me faz voltar no tempo, enquanto escolho alguma coisa entre os vários saquinhos que contém: camarões cozidos, bananas fritas, amendoins, paçocas, biscoitos de castanha do pará, rebuçado de frutas, doces secos... Pensativa pego uma porção de castanhas de cajus assadas e quase automaticamente murmuro a música:
Todos os dias quando acordo / Não tenho mais / O tempo que passou
Mas tenho muito tempo / Temos todo o tempo do mundo
Todos os dias/ Antes de dormir/ Lembro e esqueço/ Como foi o dia
Sempre em frente / Não temos tempo a perder
Nosso suor sagrado/ É bem mais belo/ Que esse sangue amargo
E tão sério/ E selvagem! Selvagem! Selvagem!
Veja o sol/ Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega/ É da cor dos teus olhos/ Castanhos
Então me abraça forte/ E diz mais uma vez/ Que já estamos
Distantes de tudo/ Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo/ Temos nosso próprio tempo
Não tenho medo do escuro/ Mas deixe as luzes/ Acesas agora
O que foi escondido/ É o que se escondeu
E o que foi prometido/ Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido/ Somos tão jovens/ Tão jovens! Tão jovens!
Maria e Rita gostavam dos versos desta música... Isso me faz recordar por instante os corredores dos hospitais, e estremeço.
Mas, rapidamente, regresso ao meu próprio tempo. A minha volta, o Tapajós brilha com sua linda cor azul. Fito o rio e canto: “Todos os dias/ Antes de dormir/ Lembro e esqueço/ Como foi o dia/ Sempre em frente / Não temos tempo a perder. ” Persistente decido: hoje não vou temer as dores de ontem ou de amanhã, vou aproveitar cada minutinho, minha vida continua e o tempo não para...
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ULTRAPASSANDO BARREIRAS - CÂNCER
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Chalceus erythrurus - Peixe Rabo de Fogo
Chalceus macrolepidotus - Peixe Arari Vermelho
Copella arnoldi - Peixe Piratantã
Gnathocharax steindachneri - Tetra-aruanã
Hemigrammus bleheri - Rodostomus
Hemigrammus stictus - Tetra Stictus
Hemiodus gracilis - Cruzeiro-do-Sul
Heterocharax macrolepis - Tetra Violeta
Hyphessobrycon cachimbensis - Tetra Cachimbo
Hyphessobrycon copelandi - Tetra Pena
Hyphessobrycon eque - Tetra Mato Grosso
Hyphessobrycon pulchripinnis - Tetra Limão
Hyphessobrycon scutulatus - Tetra Ouro
Hyphessobrycon vilmae - Neon Chocolate
Leporinus fasciatu - Piau-flamengo
Nannostomus eque - Peixe-lápis Marrom
Nannostomus unifasciatus - Peixe-lápis 1 linha
Paracheirodon axelrodi - Tetra Cardinal
Paracheirodon innesi - Tetra Neon
Colomesus asellus - Baiacu Amazônico
Crenicichla (Gênero) - Jacundás
Crenicichla acutirostris - Jacundá Flamengo
Crenicichla johanna - Jacundá Olho de Fogo
Crenicichla lugubris - Jacundá Vermelho
Crenicichla macrophthalma - Jacundá Olhudo
Crenicichla marmorata - Jacundá de Mármore
Crenicichla regani - Jacundá de Folha
Crenicichla stocki - Jacundá da Linha Branca
Crenicichla strigata - Jacunda Riscado
Crenicichla vittata - Jacundá Banana
Dicrossus maculatus - Xadrezinho
Geophagus (Gênero) - Chaperema
Geophagus altifrons - Chaperema Amarelo
Geophagus megasema - Chaperema Vermelho
Geophagus proximus - Chaperema Mancha de Olho
Heros efasciatus - Acará Severo
Heros notatus - Acará Severo de Pontos
Heros severus - Acará Severo Peba
Laetacara curvicep - Acara curviceps
Loricariidae (Família) - Plecos
Baryancistrus sp. "L142" - Acari Bola Branca "LDA 33"
Farlowella amazona - Peixe Galho
Hemiancistrus sabaji "L075" - Acari Tigre de Bola
Hemiancistrus snethlageae "L141" - Acari Aba Branca
Hypancistrus sp. "L260" - Acari Pão
Hypancistrus sp. "L262" - Acari Pão Pigmentado
Hypancistrus sp. "L333" - Acari Pão Alenquer
Hypancistrus zebra - Acari Zebra
Hypostomus soniai "L137" - Acari Violeta
Leporacanthicus joselimai "L264" - Acari Onça
Panaque armbrusteri "L027" - Acari Boi de Bota
Panaque sp "L271" - Acari Cara de Pão
Peckoltia compta "L134" - Acari Picota Ouro
Peckoltia vittata "L015" - Acari Teoro
Pseudacanthicus sp. "L097" - AcarI Assacu
Pseudacanthicus sp. "L273" - Acari Red Titanic
Pseudacanthicus sp. "L273" - Acari Yellow Titanic
Pseudancistrus sp. "L259" - Acari Cara Chata
Scobinancistrus pariolispos "L133" - Acari Cotia
Spectracanthicus murinus - Acari Bicudo
Mesonauta festivus - Acará Festivo
Monocirrhus polyacanthus - Peixe Folha
Pterophyllum scalare - Acará Bandeira
Retroculus xinguensis - Acará Xinguensis
Satanoperca acuticeps - Acará 5 Pontos
Satanoperca jurupari - Acará Jurupari
Satanoperca lilith - Acará 3 Pontos
Satanoperca pappaterra - Acarazinho
Symphysodon aequifasciatus - Acará Disco
Symphysodon discus (Variedades) - Acará Disco
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WAWATU DA AMAZÔNIA
Na Amazônia, do século XIX, devido à cobiça pela borracha, Wawatu, cunhatã do clã Aruak, tem sua aldeia dizimada por brancos. Apesar de ser forçada a viajar para um local desconhecido, casar-se com guerreiro de origem Karib e sofrer com as diferenças de costumes de seus familiares, ela se apaixona.